erste lektion
A língua alemã é relativamente fácil.
Todos aqueles que conhecem as línguas derivadas do latim e estão habituados a conjugar alguns verbos podem aprendê-la rapidamente, dizem-nos os professores de alemão logo na primeira lição.
Primeiro, pegamos um livro em alemão - neste caso, um magnífico volume, publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes dos índios australianos Hotentotes (em alemão "Hottentotten").
Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter), cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-las das intempéries. Estas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas cobertas com tela (Lattengitterkotter) e quando possuem no interior um canguru, chamamos ao conjunto "jaula coberta de tela com canguru" (Lattengitterkotterbeutelratten).
Um dia, os Hotentotes prenderam um assassino (Attentäter), acusado de ter matado uma mãe (Mutter) hotentote (Hottentottermutter), mãe de um rapaz surdo e mudo (Stottertrottel). Esta mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e ao assassino dela chamamos, facilmente, Hottentottenstottertrottelmutterattentäter. No livro, os índios capturaram-no e, sem ter onde colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, incidentalmente, o preso fugiu. Após iniciarem a busca, rapidamente apareceu um guerreiro Hotentote a gritar:
- Capturámos o assassino! (Attentäter)
- Qual assassino? - pergunta o chefe indígena
- O Lattengitterkotterbeutelrattenattentäter - responde o guerreiro.
- Como? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tela? - diz o chefe dos Hotentotes.
- Sim, o Hottentottenstottertrottelmutteratentäter (assassino da mãe do rapaz surdo e mudo).
- Ah, raios - diz o chefe – podias ter dito desde o início que tinhas capturado o Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotterbeutelrattenattentäter (assassino da mãe do rapaz surdo e mudo que estava na jaula de cangurus coberta de tela).
Assim, através deste exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas.
Basta um pouco de interesse.
(texto que me foi endereçado por mail há já uns anos, cuja autoria e origem desconheço)
1 comentário:
Porque é que numa tentiva vã de simplificar acabamos por complicar?
Enviar um comentário