29 janeiro 2011

...

É mais difícil do que possa parecer, mas muito mais fácil que aquilo que eu o faço.
Live and learn.

13 janeiro 2011

Que sabem, para te poderem falar de mim?
Que sabem de mim, por mais que saibam de ti?

Sim, sei, entendo,
quase que chego a compreender,
é gratuito e é por bem,
mas sabemos que o Inferno está cheio;
e, por esse meio e nesse meio,
perdemos espaço, perdemos tempo.
Ganhamos distância.

Mais distância.

Não nos basta esta? Não nos custa tanta?
Não mata a esperança, não quebra a essência,
mas escusada tal prudência quando,
entretanto,
sou eu, és tu,
é para ti, é para mim...

Que sabem, mais que tu, para te poderem dizer de mim?
Que sabem, para te dizerem mais que eu?
Somos nós.


Estou aqui.

nobre cansaço

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo e o próprio universo e os outros satélites da tua subjectividade objectiva. És importante para ti porque só tu és importante para ti.
Que ninguém faz falta a ninguém: tu não fazes falta a ninguém.
Sem ti correrá tudo… sem ti. Só és lembrado em duas datas, anualmente: quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste. Nada mais, mais nada, absolutamente mais nada, duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram e uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

Talvez seja pior para outros existires, talvez peses mais durando, que deixando de durar...




Descaradamente roubado a Fernando Pessoa, acho que na pessoa de Álvaro de Campos, com demasiados italics para os poder assinalar e dizer que são meus...

the last

Is surely not the least.

11 janeiro 2011

sozinho em casa

Casa... não é bem casa, pelo menos ainda não, já que nem nisso acerto - parece que a culpa é minha, das minhas escolhas.
Está demasiada humidade para sair, está demasiado calor para trabalhar, do outro lado estão demasiado ocupados para conversar. As notícias não são novas, os filmes repetem-se, a campanha é a mesma de há 5 anos, não me serve para fazer qualquer escolha; mas acaba por ser a escolha que faço, que o que preciso mesmo é de desligar o cérebro, demasiado cansado para pensar.
Estou demasiado longe para poder ir e vir, matar as saudades que crescem com o passar das horas; estou demasiado preso para me poder fugir, para poder esquecer e começar onde mais quero - seria a minha escolha. Estou demasiado sozinho para poder sorrir.

07 janeiro 2011

BJS

Sentimo-nos quase em casa quando percebemos que a abreviatura que usamos para enviar beijos em sms, emails e afins é, num outro lugar, o nome de um bar onde as moças se despem com um sorriso nos lábios, apesar da neve e do gelo que reinam lá fora. E, quem entra, sentir-se-á seguramente ainda mais em casa, reconfortado ao saber que o nome do bar, afinal, não é senão BlowJobS...
Não que eu tenha entrado: sim, que eu não sou gajo dessas vidas.

05 janeiro 2011

luz

Ali, para os lados do Negro, à procura de paz e alegria no meio de todo aquele branco, toda aquela alvura acabou por ser demasiada e por me cegar; para os lados do Negro, no meio daquele branco todo, acabei por me perder e deixar que as emoções mais negras se sobrepusessem no meio de toda aquela claridade.
Ali, perto do Negro que ainda não vi, acabou por ser o azul profundo que me fez ver o branco da paz e me fez voltar a ela, de que preciso e que teimo em não ver, nem mesmo quando ela está escrita, preto no branco.

iou

For the hundreds of smiles I took from your face.

02 janeiro 2011

One should always be in love. That is the reason one should never marry.


Oscar Wilde