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16 maio 2011

coisas bonitas

И край!

23 fevereiro 2011

bring it back

05 janeiro 2011

luz

Ali, para os lados do Negro, à procura de paz e alegria no meio de todo aquele branco, toda aquela alvura acabou por ser demasiada e por me cegar; para os lados do Negro, no meio daquele branco todo, acabei por me perder e deixar que as emoções mais negras se sobrepusessem no meio de toda aquela claridade.
Ali, perto do Negro que ainda não vi, acabou por ser o azul profundo que me fez ver o branco da paz e me fez voltar a ela, de que preciso e que teimo em não ver, nem mesmo quando ela está escrita, preto no branco.

iou

For the hundreds of smiles I took from your face.

09 novembro 2010

no promises

14 outubro 2010

and at the end of the day?

30 setembro 2010

this is my message to you

And then one little bird pitch by my doorstep, singing sweet songs of melodies pure and true...



 
All birds have wings; only a few can fly.

23 abril 2010

o átomo a mais que se animou

Sei que não tens culpa – ou antes, sei que alguma hás-de ter, todos temos pecado dentro de nós que deixamos sair a espaços.
Sei que te tenho culpado por coisas que são humanas, por actos banais, por gestos e palavras que tens e tens muito bem. E sei que tenho olhado pouco para mim, que sou também humano nos mesmos actos e nos meus erros, que digo palavras e faço gestos, se não iguais, pelo menos parecidos com os teus, mesmo que diferentes dos teus.
Sei que te tenho exigido coisas que talvez nem sejam exigíveis, afinal somos humanos e humano é errar e ficar aquém da perfeição; e que tenho tido a presunção, a errada presunção, de que erro menos e que estou mais perto dessa perfeição, digo-te que te quero mais igual a mim nessa pretensa perfeição. Sim, eu, que me farto de te dizer que não queiras que eu seja mais igual a ti, porque eu sou mesmo só igual a mim mesmo – e até digo que gosto de ser igual a mim mesmo e que quero continuar a ser. E não tenho o direito.
Podias fazer melhor? Podias, claro, é sempre possível fazer melhor, também eu podia e tantas vezes não faço, ou por não ter visto, ou por não ter pensado melhor, ou por ter pensado mais em mim que em ti; quando, na verdade, talvez tu não pudesses ter feito tão melhor quanto isso, tu que tentas e até fazes tão melhor que a maioria. E, por mais que eu te culpe, não tens culpa de ser como és e de sentir como sentes e de dizer como dizes e de sofrer como sofres – porque eu até sei que sofres.
E depois, no meio das exigências e das culpas, no meio dos ciúmes e das acusações, por entre palavras mal ditas e outras mal ouvidas, chegámos onde estamos e não sabemos sair de onde estamos – até talvez por nem sabermos exactamente onde estamos. Sabemos apenas que queremos sair daqui, mesmo sem sabermos onde fica o ali para onde queremos ir, sem sabermos se nesse ali nos vamos encontrar, se vamos para lá sozinhos ou acompanhados, até porque não sabemos se esse ali fica aqui ao lado, se do outro lado do mundo, se precisamos de passar nuvens de cinza para lá chegar. E depois, no meio de exigências de perfeição, de culpas atribuídas a quem tem apenas culpa de ser pessoa e de agir como tal, imperfeita e atraente, após acusações e invenções, estamos aqui, a saber que queremos sair daqui e a teimar em não sair daqui, porque ao menos aqui tu estás, ao menos aqui eu estou, mesmo que doa ter o medo diário que tu já não estejas, mesmo que assuste ter o receio eterno que eu já tenha deixado de estar.
Este aqui, este estar sem estar, este dever sem ter, este ter sem dever, este aqui é lugar nenhum, é buraco sem fundo onde se cai e de onde se torna difícil sair; neste aqui não podemos mais estar, não podemos mais ficar, é um aqui no qual temos que evitar cair. Mesmo sem saber para onde, deste aqui, qual cântico negro, deste aqui temos que urgentemente fugir.

22 março 2010

surdos

Nunca cheguei a perceber qual das partes padecia da crónica falta de audição, ou se ambas; nem sequer se foi essa a doença que os fez sucumbir. Mas foi uma das causas centrais e seguramente a mais visível para uma morte que se fez anunciar ao longo de semanas, dolorosas semanas, em que por mais que gritassem de dor não se conseguiam fazer ouvir. Aliás, conseguiam, a espaços, sempre que o tom de voz baixava (e com ele as guardas), e nesses raros momentos a harmonia que tinham em tempos conhecido voltava a ser uma realidade.

Mas não bastavam, esses raros momentos, e até nessas ocasiões faltava sempre algo mais: provas, confiança, palavras; silêncio, tranquilidade, serenidade. E talvez até um rumo comum - ou uma velocidade igual para chegar a um objectivo, que pôde até ter sido comum, mas que teimou em não o parecer.

27 outubro 2009

chariño

Tens sido quem me apoia, quem me ajuda, quem faz de mim quem neste momento sou; tens sido quem me dá, quem me é, quem me deseja. Tens sido quem eu desejo - és quem eu desejo. Também para ti, obrigado por estares ao meu lado nestes tempos complicados, nestes tempos conturbados, que me fazem fazer aquilo que eu nunca julguei poder fazer, mas que fazem ser aquilo que eu sempre pensei ser.

27 abril 2009

palavras simples

Empossado pela razão que tinha (ou que entendi que tinha), situações houve em que reclamei por palavras, a que chamei de simples; outras houve em que reconheci o valor da simplicidade de outras, que me eram dirigidas.
Não menciono as que digo, nem as que disse e que terão causado semelhante impacto no receptor: por não fazer sentido a menção, ou, desejavelmente, por nem ter delas consciência, pela naturalidade com que foram proferidas.
Mas merecem seguramente menção aquelas que por distracção ficaram por pensar, as que por falta da cuidado ficaram por pronunciar. Porque, por mais que leve, por mais que solto, por mais que livre, por mais que falado e esclarecido, tenho sempre a responsabilidade de ter mais atenção a quem me quer e que comigo se preocupa. Não, não se trata de desinteresse ou de desrespeito, nem muito menos de desprezo, será apenas consequência da falta de consciência que tenho sobre determinadas realidades, das expectativas que se criam... e, claro, de atenção ao que muitas vezes se passa a uma distância pouco maior que a do meu braço.
Sei que de boas intenções está o Inferno cheio e que as consequências dos actos (ou da ausência deles) nem sempre são as que se pretendem: a meu favor, direi que não eram essas; e que este saco não está roto.

06 fevereiro 2009

sweet & sour

Há dias de merda, em que até para estar vivo é necessário fazer um esforço. Particularmente nesses dias, os finais de dia são particularmente complicados, são horas em que a sobrevivência parece ser questionada.
Depois, há uma voz aparentemente insensível que me diz na cara um conjunto de verdades, que diz sem medo o que pensa e o que sente, que me permite olhar para dentro como se me estivesse a ver de fora. E restitui-me o sorriso.Sour but sweet.
Obrigado :-)

13 novembro 2008

pela estrada de Sintra

- Que cara!
- Tu sabes que eu tenho esta cara... mas não te preocupes, esta cara não significa que estou zangado, quer dizer apenas que estou a pensar... com força.
...
Essa impressão que te dou, essa de te sentires uma criança? Não é infantil que te sentes, a origem dessa sensação é outra: eu deixo-te ser, é tão simples quanto isso.
Eu deixo-te ser o que nunca foste. E tu és.
Nunca foste porque nunca tiveste coragem de ser, sempre te terás assustado no momento em que podias ser. E, no único momento em que decidiste ser, não o foste por querer mas apenas porque assim decidiste, estava na hora e o tempo passava depressa e tiveste medo de o perder. Ao tempo. Decidiste não por ser certo, mas por não ser errado; nem decidiste por quereres decidir, mas antes por quereres não deixar de decidir.
E não, não te posso recriminiar, não posso reclamar, eu nem sequer te facilitei a vida pegando no telefone, não quis entender as tuas palavras escritas e explícitas... ou não consegui entender. Ou por não conseguir acreditar - não por não em ti, ou nas tuas palavras: por não acreditar em mim.
- De que adianta agora?
- De nada... Agora, temos que ir para Lisboa, mesmo querendo voltar para Sintra.





(*)
Ao volante pela estrada de Sintra,
Sem luar mas ao sonho, na estrada que nunca é deserta,
Guio depresa, mas quase devagar, e um pouco
Me parece, ou me forço um pouco para que me pareça,
Que sigo por outra estrada, por outro sonho, por outro mundo,
Que sigo sem haver Sintra deixada ou Lisboa a que ir ter,
Que sigo, e que mais haverá em seguir senão não parar mas seguir?

Passei a tarde em Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, antes de chegar a Lisboa , terei pena de não ter ficado em Sintra.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem consequência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida...

Na estrada de Sintra, cada vez mais longe de Sintra,
Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de ti...

* Inspirado no original

26 setembro 2008

coisas bonitas

Os teus olhos; a cor dos teus olhos, o brilho que eles mostram ao olhar para mim.
A tua boca, quando sorri; os teus braços, que se eriçam ao meu toque, à minha palavra.
O teu sorriso, que te ilumina o rosto, que ilumina o meu rosto e a minha alma.
As tuas mãos, a puxar o cabelo para trás, para cima; o teu cabelo, que me bate na cara; o teu peito, que fica ali, tão perto do meu beijo. As tuas pernas, que se abraçam a mim, que me pedem para te ter; o teu corpo, que geme quando eu te tenho, que se contorce e me pede para te ter mais. Os teus olhos; a cor e o brilho dos teus olhos.
Tu.

16 setembro 2008

se eu fosse gaja...

... não confiava em mim.

Porque eu sou daqueles que dá o litro - 10 litros, se conseguir - para ter o que sei existir; que não me arrependo de os dar. Que dou, mesmo sabendo que não posso dar, que não podem aceitar o que tenho para dar. Não faço outra coisa... é a minha natureza...

Se eu fosse gaja, não confiava em mim, que o pobre (e mesmo o rico, para o efeito) desconfia perante tal oferta, demasiado grande para ser verdadeira; mesmo sendo verdadeira, mesmo quando é verdadeira.

Se eu fosse gaja, punha-me as malas à porta no momento em que descobrisse a verdade; e a verdade é que aquilo que dou não vale exactamente o que parece. Talvez nem o que sou...

Se eu fosse aquela gaja... punha-me as malas à porta: as malas dela à minha porta. Que eu pedia-lhe para entrar e para não voltar a sair.


25 agosto 2008

obrigado

Correndo o risco de tornar a leitura das mais recentes publicações num anúncio radiofónico de uma sapataria (há certamente aí no meio dos 9 leitores quem sugira nomes de etiquetas adequadas, eu evidentemente não sou o gajo certo... começando pela escolha de sapatos...), insisto no assunto, pois repentinamente fez-se luz e consegui interpretar determinadas mensagens de aconselhamento ergonómico. Antes tarde que nunca...
Essa recente descoberta obriga-me naturalmente a uma vénia de agradecimento perante quem, ainda que de modo dissimulado e incógnito, não se poupou a esforços no sentido de tentar arquitectar um modo de meter algum senso nesta cabeça dura, desenhando imagens que tentam ilustrar o caminho óbvio; porém, a espessura craniana impede o estímulo mais eficaz do encéfalo, deste, para quem não é o óbvio que faz necessariamente sentido.
Importa referir que nenhum esforço é vão, pois apesar da falta de eficácia quanto ao objectivo primeiro, os resquícios de massa cinzenta que teimam em povoar o vácuo aparente conseguem, ainda assim, assimilar a parte mais relevante da informação recebida: que é aquela em que fica registada a prova de amizade e preocupação.
Eu sei, nem sequer sou eu o núcleo central dessa amizade e preocupação; e talvez até por isso o reconhecimento que fica seja ainda maior.
Pelo passado e pelo presente: bem hajas.

17 agosto 2008

perfeito para mim

Teimosamente, tentamos encontrar a perfeição. De modo talvez até inconsciente, temos uma imagem, construída ao longo de anos e função de todo um conjunto de factores (culturais, educacionais) que nos orienta num determinado sentido, levando-nos a procurar o resultado prático dessa imagem.
Um dia, não interessa ao final de quanto tempo, encontra-se a materialização dessa tal imagem de tudo o que ambicionávamos encontrar (ou algo muito próximo, de acordo com a definição, "que tem tudo o que lhe pertence ter"). Por um instante, e não interessa a dimensão desse instante, existe a sensação de plenitude e acredita-se atingido o objectivo.
No instante seguinte, essa imagem - não a materialização dela - era afinal um logro auto induzido, pois essa imagem foi fruto de influências externas, nem sempre isentas, baseadas em conceitos e experiências desadequadas e desactualizadas. A perfeição que se buscava - e que então se encontrava - não era a nossa, mas a maioritariamente resultante desses factores externos, e não suficientemente pensada, amadurecida, analisada. A perfeição absoluta, se quisermos, a pensada e não a instintiva, como provavelmente tem que ser - e, talvez por isso mesmo, uma perfeição imperfeita: na perspectiva de quem a procura.

Mas talvez até sejam necessários todos os erros de casting que se cometem ao longo de uma vida para que se consiga, finalmente (!), encontrar o tal personagem, perfeito para desempenhar aquele papel principal. Porque mesmo sendo verdade que não se possa procurar e escolher, é garantidamente verdade que um dia se encontra. Tem que se encontrar.
Porque o que é perfeito para mim, ainda que esteja naquilo que se é, na forma como se faz, na maneira como se diz, acaba por não estar em nada disso: está dentro de mim.

03 julho 2008

é verdade:


13 maio 2008

hoje

Um dia, ao crescer, o filho deixará de ser filho; mas o pai nunca deixará de ser pai.

07 maio 2008

blogs

... podem aproximar pessoas.
Mesmo sem que haja alguma coisa em comum, um dia, pelo simples facto de ler, ter prova de ser lido, ter feito ou recebido um comentário, alguma coisa despertou a atenção sobre alguém. Damos por nós, estamos perto dessas pessoas que, através de uma simples frase ou afirmação nos deu alguma coisa - certamente imaterial - e saltou da nossa virtualidade para a realidade, proporcionando-nos o prazer da companhia física, da palavra falada que substitui a escrita, da imagem que substitui o texto. Aqui, de onde olhamos para a água de cima para baixo, ali, onde o mar nos ameaça lá do alto; cá, na minha nossa terra, ou lá, onde as fontes não são aos milhares, mas aceitamos que digam que sim.
Acabamos por lhes mostrar por onde andamos - e com quem, com orgulho; acabamos por lhes mostrar um pouco de nós, o que é muito. E acabam por fazer parte de nós, ainda que possam pensar ou sentir que os esquecemos. Passe o tempo que passar.