25 junho 2010

Não resisti...


23 junho 2010

memorial

Julgo existirem dois entendimentos possíveis para o "saber escrever" o primeiro para mim mais óbvio é o correcto uso da Língua na sua forma o segundo obriga à capacidade de transpor as ideias sentimentos emoções para o papel modernamente para o plasma dando lhes uma forma perceptível e os sentimentos na categoria das ideias O agora defunto Saramago claramente não cumpria o primeiro Do ponto de vista de defensor da correcção na escrita arriscaria adivinhar um jovem Saramago com sérias dificuldades em angariar uma classificação positiva nos diversos testes efectuados na disciplina de Português chamar se iam pontos escritos à época Mais diria que aquela forma de escrever longe de permitir interpretações mais livres obriga o leitor a um esforço mais aprofundado e a uma muito maior atenção conduzindo amiúde a cefaleias duradouras e esta segunda afirmação entra directamente pelo segundo critério sendo argumento para afirmar que não o cumpre No entanto tendo lido mais do que uma obra dele li sobre o convento quando nele vivi e por isso com interesse redobrado consigo reconhecer lhe uma enorme capacidade imaginativa que lhe permitiram a criação de conteúdos notavelmente cativantes muito para além da forma que critico Talvez a dar me razão nesta crítica dele a única história que em filme vi superar a versão em papel Quem me dera saber não escrever como ele

Julgo existirem dois entendimentos possíveis para o "saber escrever": o primeiro, para mim mais óbvio, é o correcto uso da Língua, na sua forma; o segundo obriga à capacidade de transpor as ideias (sentimentos, emoções) para o papel (modernamente, para o plasma), dando-lhes uma forma perceptível - e os sentimentos na categoria das ideias.
O agora defunto Saramago claramente não cumpria o primeiro. Do ponto de vista de defensor da correcção na escrita, arriscaria adivinhar um jovem Saramago com sérias dificuldades em angariar uma classificação positiva nos diversos testes efectuados na disciplina de Português - chamar-se-iam pontos escritos, à época. Mais, diria que aquela forma de escrever, longe de permitir interpretações mais livres, obriga o leitor a um esforço mais aprofundado e a uma muito maior atenção, conduzindo amiúde a cefaleias duradouras – e esta segunda afirmação entra directamente pelo segundo critério, sendo argumento para afirmar que não o cumpre.
No entanto, tendo lido mais do que uma obra dele (li sobre o convento quando nele vivi e por isso com interesse redobrado), consigo reconhecer-lhe uma enorme capacidade imaginativa que lhe permitiram a criação de conteúdos notavelmente cativantes, muito para além da forma que critico. Talvez a dar-me razão nesta crítica, dele a única história que em filme vi superar a versão em papel.
Quem me dera saber não escrever como ele.

18 junho 2010

neologismos

Retrosexual

Definition: a man who adopts a traditional masculine style in dress and manners

Example:
"Think of him as the anti-metrosexual, the opposite of that guy who emerged in the 1990s in all his pedicured, moussed-up, skinny-jeans glory. That man-boy was searching for his inner girl, it was argued. The retrosexual, however, wants to put the man back into manhood."
— Lini S. Kadaba, Philadelphia Inquirer, Apr. 7, 2010

Further Note:
Retrosexual is a word that has been used in two very different ways.
It sometimes describes an old-fashioned "manly man" – e.g. a beer and football-loving guy who cares little for his appearance.
But it has also been used, as in the example above, to describe someone who self-consciously adopts traditional masculine styles – e.g. old-fashioned manners and clothes typical of the early 1960s (think Mad Men).

Adaptado daqui.

10 junho 2010

não faz mal

Não sei que faça, não sei que diga; não sei se devo estar zangado, triste ou irritado. Talvez devesse estar feliz por sentir que posso fazer o que quero e o que me dá na gana, mas a verdade é que não estou.
Agora, que posso e que sei que tudo o que possa fazer é quase inconsequente, dadas as circunstâncias, não o faço. Nem sei porque não, mas na realidade não o faço - mesmo que me apeteça mesmo ir atrás e fazer, com aquele sorriso manhoso na cara, que não me deixa mentir sobre o que sinto ao fazê-lo. Mas não o fiz e continuo sem o fazer.
Não faz mal, não tarda estou a milhas e deixo de sentir culpa, a culpa que me tem acompanhado em todos estes anos, que não sei de onde vem e que não sei para que serve - a não ser mesmo para me fazer sentir culpado. E, a milhas, com a culpa ausente em parte incerta, poderei ser e acontecer sem que tenha que olhar por cima do ombro para verificar se efectivamente eu não estou a perseguir-me e a ajuizar-me; e, a milhas, talvez nem valha a pena olhar por cima do ombro, apenas porque ninguém vai estar lá para me ver e dar juízo.

01 junho 2010

conselho de verão

Não deixar a máquina com loiça durante 72 horas sem a ligar.

sozinho em casa

Decidi hoje que não vou ver os jogos da selecção.
É verdade que os seleccionados não jogam o que deviam, é verdade que a esperança de alcançar resultados relevantes é baixa, sendo provável que fiquemos no lugar que merecemos - afinal, estamos mal habituados, dada a dimensão do País o nosso lugar não é tão alto quanto aquele que temos conseguido.
Mas não é nada disto que me detém, gosto de ver os jogos mesmo que o resultado seja fraco.
É aquela trompa reinventada pela Galp! Já não bastava ter que aturar a vizinhança, que passou o domingo num ensaio geral, o som daquela gaita de gaita é amplificado pela televisão e resultou numa cefaleia. Não há paciência, de todo.