13 janeiro 2011

nobre cansaço

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo e o próprio universo e os outros satélites da tua subjectividade objectiva. És importante para ti porque só tu és importante para ti.
Que ninguém faz falta a ninguém: tu não fazes falta a ninguém.
Sem ti correrá tudo… sem ti. Só és lembrado em duas datas, anualmente: quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste. Nada mais, mais nada, absolutamente mais nada, duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram e uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

Talvez seja pior para outros existires, talvez peses mais durando, que deixando de durar...




Descaradamente roubado a Fernando Pessoa, acho que na pessoa de Álvaro de Campos, com demasiados italics para os poder assinalar e dizer que são meus...

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