13 janeiro 2011

Que sabem, para te poderem falar de mim?
Que sabem de mim, por mais que saibam de ti?

Sim, sei, entendo,
quase que chego a compreender,
é gratuito e é por bem,
mas sabemos que o Inferno está cheio;
e, por esse meio e nesse meio,
perdemos espaço, perdemos tempo.
Ganhamos distância.

Mais distância.

Não nos basta esta? Não nos custa tanta?
Não mata a esperança, não quebra a essência,
mas escusada tal prudência quando,
entretanto,
sou eu, és tu,
é para ti, é para mim...

Que sabem, mais que tu, para te poderem dizer de mim?
Que sabem, para te dizerem mais que eu?
Somos nós.


Estou aqui.

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