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ou "quem não se sente não é..." parte II
Para além da educação familiar, tive a sorte de ter tido formação numa escola reputada. Nesta, foram-me incutidos um conjunto de valores que ainda hoje, a uma grande distância, considero correctos e que tento fazer valer, muitos dos quais me orgulho por defender.
Para além dos valores, houve um conjunto de hábitos próprios da escola que se mantêm ao longo da vida. Um deles, o agora relevante, está relacionado com a forma de me dirigir às demais pessoas com quem me vou cruzando ao longo da vida.
Tendo a língua lusa uma vastidão de modos à escolha, a verdade é que apenas dois são vulgarmente utilizados no quotidiano. Desses dois, habituei-me a utilizar o simples “tu” para me dirigir àqueles que considero como iguais, ao mesmo nível – nível etário, educacional, cultural, relacional, profissional, afectivo (um pouco de tudo): não se trata de distinção de nível social, não entendo existir essa barreira entre as pessoas – deixando o outro para aqueles a quem devo deferência ou, de forma mais comum, por quem não nutro qualquer tipo de sentimento.
Não sendo, na minha perspectiva, a deferência um sinal de respeito, antes uma necessidade social, aqueles com quem utilizo o “tu” e que considero dignos de tal tratamento são efectivamente aqueles que mais respeito. Aceito diferentes hábitos, considero-os apenas mais ou menos adequados, não os julgo nem os classifico: não tenho esse direito. E ficaria definitivamente a perder, caso o fizesse.
Para além dos valores, houve um conjunto de hábitos próprios da escola que se mantêm ao longo da vida. Um deles, o agora relevante, está relacionado com a forma de me dirigir às demais pessoas com quem me vou cruzando ao longo da vida.
Tendo a língua lusa uma vastidão de modos à escolha, a verdade é que apenas dois são vulgarmente utilizados no quotidiano. Desses dois, habituei-me a utilizar o simples “tu” para me dirigir àqueles que considero como iguais, ao mesmo nível – nível etário, educacional, cultural, relacional, profissional, afectivo (um pouco de tudo): não se trata de distinção de nível social, não entendo existir essa barreira entre as pessoas – deixando o outro para aqueles a quem devo deferência ou, de forma mais comum, por quem não nutro qualquer tipo de sentimento.
Não sendo, na minha perspectiva, a deferência um sinal de respeito, antes uma necessidade social, aqueles com quem utilizo o “tu” e que considero dignos de tal tratamento são efectivamente aqueles que mais respeito. Aceito diferentes hábitos, considero-os apenas mais ou menos adequados, não os julgo nem os classifico: não tenho esse direito. E ficaria definitivamente a perder, caso o fizesse.
2 comentários:
Ora muito boa tarde!
Olha que não, olhe que não, o tratamento por tu é, para mim, um estatuto a ganhar, e ganha se como? com a confiança, com o à vontade que se cria entre duas pessoas. Senão, como sabe a outra que é "especial" ou que não é uma qualquer....
Bom fim de semana...
:)
Não sei quem é especial, de facto.
Mas sei quem é merecedor de mais que a indiferença: e isso já é algo especial.
Respeito e educação? Não faltam.
De acordo?
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