24 maio 2007

estatísticas

(número qualquer coisa, perdi a conta)

Cedo esta manhã tive que ficar à porta de casa, cabeça exposta à chuva, olhos postos na rua na esperança de ver chegar um veículo com a dimensão adequada ao transporte de electrodomésticos e com um qualquer logo que eu reconhecesse da loja onde coloquei a encomenda.
Tardando a chegada de tal transporte e como moro a escassos metros do liceu da minha terra, nos momentos em que desviei o olhar do alcatrão fui observando a horda de jovens que se dirigiam para as aulas. Hábito antigo, fui fazendo uma estatística mental não contabilística tipo thumbs up, agrupando as pessoas.
Concluí que:
1. na minha zona de residência, verifica-se uma quase total ausência de africanos;
2. nunca reparei na existência de uma população indiana significativa, mas que têm muitos filhos, isso têm;
3. ao contrário dos chineses, que só na minha rua têm 3 lojas mas adolescentes não há (ou então há e não os mandam à escola, continuando a preferir o ábaco);
4. as adolescentes desta geração têm muito mais buracos que as da minha;
5. os adolescentes também, embora menos;
6. se é verdade que a minha geração era (e continua a ser) constituída por elementos do mais feio que a Europa produz, então com esta geração é que o futuro estético do País está seriamente ameaçado;
7. as empresas de transporte não cumprem horários;
8. estar muito tempo à chuva molha muito;
9. e, finalmente, que se podem deixar as portas do prédio e do apartamento abertas e ir trabalhar, em vez de ficar à espera indefinidamente por fornecedores: eles que cheguem, descarreguem, o último a sair que feche a porta.

2 comentários:

Anónimo disse...

- tenho estado aqui a pensar se na minha geração já se verificava o ponto 8

- Pelo ponto 9 deduzo que o que tens em casa é 0 ou gostas 0 do que tens em casa

i.

Anónimo disse...

As coisas que se descobrem assim, do nada.

Espero que o portátil não tenha sido levado...nem o honda TT