22 maio 2007

a realidade

a que não existe; ou que, a existir, não é igual para todos

exemplos geométricos
(que é o mesmo que dizer que faço um desenho para explicar)




Imaginemos:
O observador no ponto A quer ir para C: tem que virar à esquerda, C encontra-se à esquerda de A; o mesmo destino, para o observador em B, encontra-se à direita deste – ainda que o destino seja o mesmo. Logo, conclui-se que são realidades distintas, dependendo do observador, podemos até chamá-los de “pontos de vista”.

O observador em A sabe que tem B à sua frente; caso alguém se desloque de A para B, o observador que permaneça em A vê a pessoa P (pê de “pode ser esta letra”) pelas costas, afastando-se, enquanto que o observador em B vê a mesma pessoa P afastando-se de A, mas vê P de frente. Logo, uma realidade distinta, ainda que a realidade seja a mesma. Certo? Não: discutível, claro.

Se agora afirmarmos que o ponto D não serviu para nada, então estamos de acordo sobre esta realidade; no entanto, sabemos que existirá sempre um observador externo ao ecrã que afirmará que D serviu como ponto de equilíbrio, como eixo de simetria para dar significado ao desenho. E aí, a realidade e a verdade desaparecem, cada um cria a verdade e a realidade que entender.
Mesmo que o ponto D tenha sido colocado apenas para baralhar isto tudo.

A verdade não existe, ok?

3 comentários:

V. disse...

CdC, tens jeitinho para isto!

Anónimo disse...

"Uma pessoa que olha para uma montanha através de binóculos verá algo diferente de alguém que a observa através de um microscópio. A montanha está lá, sem dúvida; o que vemos depende do fato de nossa mente trabalhar como um microscópio, como binóculos ou como um par de olhos humanos"

A realidade é uma só. A maneira como a vê é que difere da minha..por exemplo; eu acho que existe uma realidade...você não. Mas ela existe!!!

(teimooooooooooooooso)

wednesday disse...

Uma das coisas que se aprende em matemática é que tudo depende do referencial;)