17 abril 2007

o que é um blog

Em comentário a esta publicação de há uma semanas, fui desafiado para um debate.
Eis que me aperece, finalmente e após insistência minha, a tese para debate.
Publicação integral e não editada.



Gosto de visitar blogs! Relativamente a alguns poder-se-á dizer que sou fiel, visitando-os com assiduidade, esperando que o post seguinte me agrade tanto, ou mais, que o anterior. Diversos são os motivos porque o faço, consoante as características dos mesmos. Há no entanto um denominador comum: o gosto de compartilhar com os autores, por vezes com uma cumplicidade que me faz encarar esses blogs reflexos de mim, pelas sensações que me despertam. Podem ser fotos, ou qualquer outro tipo de arte, que me fascinem; músicas que me façam vibrar; textos que me envolvam, pelo forma e pelo conteúdo (geralmente admiração pela forma e identificação com o conteúdo).
Pegando agora nas tuas palavras: acho que o não entender o assunto, na primeira leitura, pode não ser negativo mas um motivo para ficar pregada ao ecrã. Textos enigmáticos e bem escritos fazem-me repetir a leitura, é um facto, mas como um desafio. Tentar entender o que está subjacente e enquadrar com a personalidade do autor, pelo que me foi dando a conhecer em textos anteriores pode ser bastante estimulante.
Um texto bem escrito é sempre uma mais valia, sem dúvida, mas o mais rico na sintaxe não será obrigatoriamente o mais precioso.
O terceiro parágrafo do teu texto surpreendeu-me, se bem que entendi ser maior o desejo de teres as capacidades que a origina do que propriamente a popularidade.
Revela-me, no entanto, uma outra forma de estares neste espaço. Até agora sempre enquadrei o teu blog, se é que é possível fazê-lo, num género intimista. Não que tenha algo contra blogs populares, visito-os também, aqueles cujos conteúdos me agradam e não por pura contribuição para as estatísticas.
Acho que blogs interessantes, e/ou populares, não implicam necessariamente vidas interessantes e muito menos o inverso.

Gosto muito da forma como construíste o texto - penso que a frase final é fundamental para a apreensão da ideia principal.

(afinal nem sei se haverá matéria para debate, ou se apenas um comentário que obrigará a uma segunda leitura, e não por estar bem escrito )

i.

1 comentário:

cai de costas disse...

Intimista, egocentrista, sim, será qualquer coisa que caiba nessa classificação. Sem ser intencional, acaba por ser assim. Como um espelho.
Por ser intimista e não populista, parece contraditório afirmar que gostava que fosse popular: por ser essa (talvez) a confirmação de que tem algum significado, ou interesse não só para mim.
E, finalmente, sim, gostava de ter uma vida que me permitisse dedicar-me a assuntos relacionados com os que aqui tento descrever: assuntos da alma.