03 abril 2007

desta outra água

Os mares foram antes navegados, navegação por instrumentos, a falta de visibilidade impede outro modo de orientação. Tenta-se construir uma imagem da rota (que se julga conhecer… estúpidos), visualiza-se um caminho e um destino, julga-se ter à vista a boa esperança quando afinal só mal se chegou às tormentas. Recebe-se um tiro perdido mas certeiro no barco de 4 canos: água a entrar com fartura, corre-se o risco de vir a sair salgada. Sem se saber se abandonar navio, se largar ferro, se máquinas a todo o vapor, vê-se à deriva numa calmaria que não leva a lado algum, acha-se levado numa maré de azar, encontra-se náufrago num mar morto, acaba-se perdido e sozinho numa costa estranha.

Sem comentários: