21 agosto 2008

sozinho em casa

Dada a diferença horária e a necessidade de cumprir horários, apenas tenho visto imagens ao vivo de Pequim em momentos de insónia. Ontem (hoje, mais correctamente), durante a tal insónia, a transmissão centrou-se no atletismo, numa modalidade que nunca entendi.

Certamente inventada por um grupo de mandriões que um dia se lembraram que também queriam ser atletas, suficiente e convenientemente distraídos para não entenderem que existe uma forma de locomoção mais natural, mais eficiente (quase o dobro da velocidade), que evita posturas físicas contra-natura e, mais que tudo, absolutamente ridículas (a imagem não me deixa mentir), a marcha é seguramente a modalidade que nunca conseguirei entender.

Com um surpreendentemente elevado número de praticantes, alguns com nomes insuspeitos e que dão origem a headlines bombásticos, é uma modalidade com regras apertadas e de muito difícil controlo, que, independentemente das frequentes desclassificações, tornam complicado o garantir da verdade desportiva. O estranho de tudo isto é que a não observância das regras da competição não tem origem na falta de desportivismo dos atletas, esta aparece descrita em qualquer compêndio de anatomia, que nem é necessário consultar: basta olhar para um praticante e ver que a natureza não nos fez assim.

Nem o ódio pela corrida, que eu, mais que a maioria, tão bem compreendo, pode justificar tais figuras em público.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma moto é um óptimo paliativo para noites de insónia...

Experimenta fazer a marginal, ou a estrada que passa pelo Cabo da Roca vindo de Colares, com o visor para cima, para sentires a brisa.
Pára na arriba junto à curva do Guincho e saboreia o mar. Horas de sono perdidas? De forma nenhuma!
(em noites de Verão, ou com trovoada, é "simplesmente" fantástico!)

Enjoy! :-)

b.m.