16 janeiro 2007

dos óleos

Já falei de coisas que não consigo fazer, mas que tenho pena. Há outros que, por mais que saibam fazer, não gostam, não querem e insistem em não fazer.
Imaginem, em jeito de exemplo, ou caricatura, um tal de Picasso, rapaz com jeito para a trincha, que dá umas pinceladas de quando em vez, aqui e além, mas que sempre embirrou com essa história de pintar, preferindo… sei lá, dançar flamenco: talvez até seja um bom dançarino (ou bailarino, ou lá o que é), mas seria tão melhor naquela outra arte.
Pena tenho de não poder ver mais pintura vinda desse punho desaproveitado, como aquela verdadeira e recente obra de arte, pintada a óleo (ou com óleos) e à pressa.
Pena tenho, também, de a não poder compartilhar aqui: para que pudesse ser integralmente entendida – a obra de arte – teria que desvendar demasiado, mais que aquilo que gostaria e mais que aquilo para que tenho autorização.
Já a conhecia – a arte: mas a óleo, ou com óleos, gosto ainda mais.