30 janeiro 2007

lugares

Ali, do lado direito, logo abaixo dos links, passam a estar referenciados locais visitados. Serão apenas visitas recentes e locais que julgo merecedores de nota.

Esta primeira referência é a uma aldeia não muito baixa no sul dos Países Baixos. Será um dos locais onde não é necessário olhar muito para cima para que se possa ver o mar.
Helafutzlauss é, aparentemente, a forma mais correcta de pronunciar aquilo que é dificilmente pronunciável. Tem a graça de ser um antigo paiol da marinha de guerra neerlandesa, actualmente convertido em porto de recreio – e numa cara zona residencial, também. Era Inverno, mas acredito que uma visita numa época do ano com mais luz e menos frio seja bem mais agradável.
Acreditem que não terão mais dificuldade que eu em entender o conteúdo…

obrigado

Ali em baixo diz que foram já mais de 1,000. Não que seja marca digna de registo, tenho visto por aí contadores que marcam dezenas, até centenas de milhar de visitas (para que saibam, não é só nos carros que se podem alterar os kms, aqui também é possível “martelar” os números… ao contrário, neste caso).
Mas os “meus” 1,000 são certamente resultado de muitas visitas de poucos. Talvez sejam mais que aqueles 2 a quem pedi desculpa pelo incómodo das obras, mas não serão muitos mais os que têm tido a paciência de vir espreitar de quando em quando, apenas para ler meia dúzia de asneiras, na maioria narcisistas, que eu tenho para partilhar.
De qualquer modo, a quantos os que passaram por aqui, grato pela companhia.

23 janeiro 2007

obras 2






O dever de honestidade torna necessária uma explicação sobre a razão central das alterações introduzidas: a falta de acuídade visual que cada vez mais me tem vindo a afectar.
Se eu, que tão bem vejo (a mais de 1 metro, diga-se), estava a começar a sentir dificuldades em ler o que escrevo, o que fará quem não vê tão bem. Mantendo o tom discreto que presidiu à inauguração desta coisa, aqui está esta coisa renovada, agora com maior contraste cromático.
A este ritmo, a próxima alteração terá que incidir sobre o tamanho do font utilizado.

22 janeiro 2007

traços digitais




De outra natureza e sobre um determinado tipo de natureza, traços destes também me fazem parar para olhar. Esta tem a particularidade de já ter sido utilizada, ao que me é dito, por um qualquer "Diário das Semelhas"(*), publicação insular que desconheço, de modo abusivo e sem o menor pudor - nem sequer tentaram alterar minimamente a foto, como tentativa de disfarce: pelo menos isso eu tento sempre.
Da autoria da Bolota

(*) Nome acabado de inventar

17 janeiro 2007

obras

Para tornar isto mais legível, acabei por deixar as obras a meio. Prometo aos meus 2 leitores que esta horrível conjunção de cores é meramente temporária.

16 janeiro 2007

dos óleos

Já falei de coisas que não consigo fazer, mas que tenho pena. Há outros que, por mais que saibam fazer, não gostam, não querem e insistem em não fazer.
Imaginem, em jeito de exemplo, ou caricatura, um tal de Picasso, rapaz com jeito para a trincha, que dá umas pinceladas de quando em vez, aqui e além, mas que sempre embirrou com essa história de pintar, preferindo… sei lá, dançar flamenco: talvez até seja um bom dançarino (ou bailarino, ou lá o que é), mas seria tão melhor naquela outra arte.
Pena tenho de não poder ver mais pintura vinda desse punho desaproveitado, como aquela verdadeira e recente obra de arte, pintada a óleo (ou com óleos) e à pressa.
Pena tenho, também, de a não poder compartilhar aqui: para que pudesse ser integralmente entendida – a obra de arte – teria que desvendar demasiado, mais que aquilo que gostaria e mais que aquilo para que tenho autorização.
Já a conhecia – a arte: mas a óleo, ou com óleos, gosto ainda mais.

15 janeiro 2007

boas

Ouvi aqui e confirmei lendo deste lado. Fazem falta mais destas.

12 janeiro 2007

still?





08 janeiro 2007

traços II





Da mesma origem de onde vieram os primeiros traços, deixo aqui mais uma pequena amostra de coisas que gosto de ver.

passeios

Uma das fontes de motivação que encontro para escrever está aqui mesmo, em páginas alheias e anónimas. Sem vergonha, confesso que são também, por vezes, fontes de inspiração, tanto na forma como no conteúdo, tanto no estilo gráfico como no literário.
Muitas são as ocasiões em que, de modo aleatório, vou visitando blogs, lendo ao acaso as “ideias que vierem” a cabeças desconhecidas. Menos são as vezes em que encontro motivo para voltar a ler, não por ausência de qualidade, mas apenas por falta de empatia com os temas. Raras (únicas?) são as leituras que me motivam a ler e reler incessantemente as ideias de outrem.

Há uns dias, encontrei de modo totalmente fortuito mais um blog: este, li, reli, voltei a ler, procurei posts antigos, ri, comovi-me (nem parece meu). Existia a tal empatia que tantas vezes sinto faltar, pela escrita auto-biográfica, despretensiosa, simples e, ao mesmo tempo, elaborada. Ideias que vieram e ficaram registadas por aqui, que têm que ver comigo.
Nova tentativa de leitura foi em vão: a única resposta que obtive foi a frustrante “The requested URL was not found on this server”…
Em resposta ao mail em que perguntava as razões para a ausência veio um “Deu-me na cabeça e apaguei aquilo tudo”, alguns três anos de escrita diária (ou quase, segundo consegui apurar).

E pronto, deixei de poder compartilhar.
Fica um apelo: não deixem que me passem coisas destas pela cabeça!

II – nunca se sabe… (still)

Parei à tua porta, destranquei o carro.
Entraste com o teu “Olá” e com o teu sorriso, dando-me um só beijo na face. Era a terceira ou quarta vez que nos víamos este século, com o jantar como motivo central para o encontro. Ou como desculpa. Confiei, como quase sempre, na tua escolha: tornava-me a vida mais fácil e não corria o risco de não te agradar.
Naquela mesa escura – iluminada por toda aquela luz – na esplanada que parecia reservada exclusivamente para nós, não sei de que falámos, tens um modo particular, muito teu de dizer as coisas. De me dizer coisas, mesmo quando não falas. De me cegar com toda aquela luz, que não parava e eu já nem tinha que mentir a cada defesa tua. Eram de certeza mais que sinais, o que eu via e ouvia, e eu quase que sabia…

Cheguei cedo ao escritório, bem mais cedo do que o habitual, bem mais sorridente que o habitual: era um casual month, regra ditada pelo muito calor, ainda bem. Café da máquina, precisava mesmo, acompanhei-o com o último cigarro do maço comprado na véspera, “é só um, não fumo há meses, não vai ser um que me vai fazer mal…”.
Por sorte (ou talvez não), tinha um compromisso que me obrigou a mais de meia hora de carro. O carro seguia devagar mas eu sobrevoava a estrada e, lá em cima, saboreava de novo os cigarros fumados na véspera. A sensação era forte, tanto que não consegui deixar de a compartilhar ao telefone, nem de disfarçar aquela voz embargada, mal me ouviste desse lado. Mas entendeste-me perfeitamente, ouviste-me dizer que já sabia, que tinha a certeza.
Mas o “nunca se sabe” continuava a ser verdade. E continua.