24 novembro 2010

dixit

"How can he not love you?"


anónimo devidamente identificado

23 novembro 2010

красива

She, who sits by my side.

16 novembro 2010

augenblink

Aqui, de negro, apenas a noite, que ainda assim é interrompida quase todas as noites por uma sequência ritmada de relâmpagos, que a tornam clara como o dia.
A cor predominante é o azul, profundo, a contrastar com as árvores vermelhas, e vem com um aroma magnífico que faz esquecer o habitual fedor que as doze horas de Sol sempre intenso faz flutuar no alcatrão quente das ruas.
História de encantar ou não, encantado ou não, tenho ainda imensa dificuldade em acreditar na verdade dela. De tão verdadeira que é.

09 novembro 2010

no promises

08 novembro 2010

aquele abraço

Quando num dia como aquele, em que vamos fazer uma viagem destas e encetar uma etapa como esta, parece-me que resumir num sms “que tenhas um bom dia, faz boa viagem e que tudo te corra bem por lá” é motivo suficiente para desistir.
Foi o que fiz. Com maior sucesso do que desistir do tabaco.
Passaram-se meses até que rumei de volta para matar saudades daqueles de quem mais gosto. E, mesmo passados todos estes meses e apesar de todos esses meses depois da minha decisão, apesar da minha decisão, estive todos os dias tentado a restabelecer o contacto, a falar, a dizer “estou cá” para poder abraçar aqueles que, consta no BI, são os que me são mais próximos.
Uma vez “cá”, os dias passavam e eu hesitava, até perceber que, mais do que abraçar, o que eu queria era mesmo era que me abraçassem – mais uma vez, era só isso que eu queria. E percebi que não valia a pena, que esse abraço, por mais que eu peça, por mais que eu fuja, por mais que eu me lamente, por mais que eu sofra, aquele abraço não iria chegar. Não chegou há um ano, quando fui a correr quando me chamaram, quando tinham pressa para despachar a conversa; não chegou há dez anos, quando daquele processo destrutivo e doloroso, em que era mais importante preservar a imagem junto da empregada; não chegou ainda há mais tempo, porque não era preciso, porque “um homem não chora”.
Aquele abraço não iria chegar.
Foi o que fiz, desistir.
Porque não basta que eu queira, não basta que eu precise, não basta que eu peça: é preciso que do outro lado me queiram, é preciso que do outro lado entendam que eu preciso. Seria até bom que do outro lado precisassem, mas parece que não, estão bem assim, muito obrigado, são menos telefonemas que se fazem, basta um sms, basta esquecer, afinal há mais, daqueles que precisam, daqueles que fazem por precisar. Ou por um par de tostões.
Do outro lado, desistiram.

Por isso, foi o que fiz, até com maior sucesso do que com a desistência do tabaco.
E ao menos esse diz explicitamente no maço que faz mal. Não tem a obrigação de gostar de mim.

07 novembro 2010

coming through in waves

Now I've got that feeling once again, I can't explain you would not understand.
This is not how I am.

01 novembro 2010

close your eyes...

Quis ir ver o Negro, mas mesmo ficando perto não lhe cheguei a ver a cor - dentro do longe onde fui era demasiado longe para o tempo que tinha.
Mas sei que o céu era de um azul forte e que as árvores brancas, iluminadas por um Sol radioso, iam deixando cair pedaços de açucar; que havia uma fonte de água quente a contrastar com a atmosfera gelada; que havia gelo no pavimento das ruas, mas havia uma chama eterna a manter o calor vivo - ou, em estrangeiro, an eternal flame.
Continuo sem saber bem do que se trata, se é ou não uma história de encantar: sei que estou encantado com ela.
E agora o verde espera por mim, solitário até que o azul me reencontre.