18 dezembro 2008

ano novo...

Por ter decidido afogar um par de mágoas recentes, fui ao meu bar preferido.
Nesse local, que compartilhei já com uma parte importante das minhas pessoas preferidas, e na ausência das caras que me são familiares e que me acompanham naquelas conversas banais e de ocasião, dei por mim a meditar sobre considerações que teci com uma das minhas referidas companhias preferidas. E, sem que o tivesse programado, dei por mim a fazer uma retrospectiva do passado mais recente e a fazer uma lista mental das minhas new year's resolutions.
Com a ajuda de um jovem escocês, dei por mim a tentar finalizar um conjunto de medidas que têm vindo a ser delineadas ao longo dos últimos dias. Não sei se estão finalizadas, não sei se são as resoluções mais acertadas, não sei durante quanto tempo as conseguirei manter, mas julgo estar no bom caminho, com a prioridade plenamente definida: eu!

17 dezembro 2008


all along

11 dezembro 2008

nehmen Sie das Mädchen

Fazemos, acontecemos. Escolhemos. As consequências são nossas.
Tememos o julgamento alheio, de terceiros mais ou menos próximos, das consequências que possam ter em nós; da ansiedade que provocam, do desconforto que geram; da culpa que induzem. Porque tememos que nos acusem, dizendo "o que foi me fizeste? como queres que eu consiga viver com isso?", quando a pergunta, a existir, deveria ser "o que foi que te fizeste? como te posso ajudar a viver com isso?".
Talvez por isso seja confortável a companhia de quem não julga, a tranquilidade proporcionada pelo silêncio; pela tolerância ao silêncio. Ou, a existir, a pergunta certa. Talvez por isso não tememos quem nos tolera o que "nos fazemos", o que "nos acontecemos"; o que somos.
Porque o único julgamento que verdadeiramente conta é aquele que nos fazemos. As consequências são só nossas.

09 dezembro 2008

Nada de novo a Oriente.
Nada que me oriente, pelo menos.

04 dezembro 2008

sentidos

Dos seis que existem, aquele que é imaterial continua a ser o que maior desconforto me provoca. Talvez por ser o mais fiel.
E eu, mesmo não tendo sempre razão, raramente me engano.

the hardest part?

Ele imaginou alcançar-lhe o rosto com a mão, fazendo-lhe uma pequena mas sentida carícia, enquanto esboçava um sorriso de tristeza: era um momento que ele tinha antecipado, ele sabia que, mais cedo que tarde, a Ana teria que passar por aquele processo. "E eu também... essa é que é a merda toda". Um arrepio atravessou-lhe o pescoço: era medo. Um medo enorme de ter acabado de a perder.
Mas o medo não era um exclusivo dele; aliás, ela, no meio de toda aquela energia e por detrás da autonomia aparentes, era uma pessoa imensamente dependente. E tinha pavor à mudança, tudo o que pudesse alterar o status-quo causava-lhe um enorme medo.
Medo que faria com que ela, por não querer assumir um risco, iria correr um outro... talvez muito maior.

Haveria outro modo?
Por mais que ele recusasse, teria que aceitar que aquele era o desfecho lógico, racional; por mais que ele não gostasse, aquela era a conclusão correcta, a decisão que ele mesmo recomendaria à sua melhor amiga - e ele era, acima de tudo, muito amigo dela. Por mais que doesse, era assim que estava certo. Seja lá o que for, isso de estar certo...
Mesmo estando à espera daquele momento, mesmo tendo-o antecipado milhares de vezes, a verdade é que ele não estava devidamente preparado para tomar consciência da realidade, para entender que a verdade (a que não existe...) era mesmo aquela.
Porque aquela não era a verdade; ou, a ser, era apenas a conveniente.
A verdade? Ele conhecia-a - ou melhor, eles conheciam-na: tinham-na visto nos olhos um do outro, numa daquelas tantas poucas vezes, num daqueles imensos curtos momentos em que tinham tido aquele quase tudo. Tinham-na visto, tinham-na ouvido, cheirado, sentido, tocado, verde no castanho, castanho no verde...
Era essa a verdade.

Ela tinha que o deixar ir.
Ele não queria ir, não queria cometer mais um erro, numa vida cheia deles.

"Se ao menos as coisas pudessem ser diferentes..."
Mas não eram.



Mas não são.

this time...

... I have this feeling

02 dezembro 2008

O aquecimento global é um mito.

the hardest part?

Is yet to come.

01 dezembro 2008

Tenho a tendência para pensar muito. Demasiado.
Esta característica (ou defeito, depende da perspectiva) faz com que imagine demasiados cenários, que leia e veja coisas onde elas eventualmente não existem: não tanto por as desejar, mas quase sempre por as recear, já que não são castelos o que geralmente construo no ar, são mais masmorras, onde bloqueio o pensamento.
Call me Mr. No-one...

restauração - errata

Restauração:
acto ou efeito de restaurar; renovação; conserto;
restabelecimento de uma dinastia real.

restauração

A Restauração da Independência é a designação dada à revolta contra a tentativa de anulação da independência por parte de uma força invasora.
É comemorada anualmente no dia 1 de Dezembro.

bola de cristal

Ainda que, racionalmente, as tentativas de negação prossigam e se constate a emissão de mensagens dissuasoras, as evidências são demasiadas para que se possa descartar a possibilidade da ocorrência de alterações ao panorama actual; pelo contrário, no momento presente, a manutenção do status-quo é o cenário menos provável.
No entanto, a história já está escrita, e não obstante uma ou outra oscilação no enredo, o final está já definido. Apenas acontecimentos estatisticamente improváveis, com impacto significativo na realidade económica terão a capacidade de forçar a escrita de um novo desfecho.
Enquanto tal não ocorrer, nada mais a fazer que esperar. Sem ficar à espera.
A man's got to do what a man's got to do.