22 abril 2008

falta de imaginação

Sem alguma vez ter lido um texto que fosse da autoria do Oscar Wilde, este autor é possivelmente a minha maior fonte de citações, algumas das quais constituem inclusivamente princípios de vida que, sem os conseguir seguir à letra, certamente advogo.
A memória do passado recente (se é que o Verão passado pode ainda ser considerado como recente) fez-me recordar uma frase que conheço há anos e que sei agora ser da autoria do acima mencionado escritor: work is ths curse of the drinking classes. Esta faz mais sentido num momento em que sou assaltado por algum tédio laboral e em que as solicitações de outra natureza são maiores que as habituais, fazendo com que tal tédio aumento na proporção directa da urgência das solicitações. E, coincidindo temporalmente as obrigações entediantes com um humor menos bem conseguido - que isto de trabalhar só merece a pena se de vez em quando tivermos que considerar o trabalho como uma tarefa séria - a frase já mencionada vem mais fácil e naturalmente à memória.
Como tive já oportunidade de referir aqui neste espaço, presumo que no final do meu longo Verão, só merece a pena desempenhar tarefas desde que elas constituam constante fonte de divertimento - e isto sem saber ainda que este sentimento era, de certo modo, compartilhado pelo tal de Oscar: life is far too important a thing ever to talk seriously about.


Já agora, nova citação sobre citações: citar uma vez pode constituir plágio; citar em contínuo revela apenas capacidade de investigação.
Refuto acusações.

1 comentário:

wednesday disse...

Não foi plágio pois está devidamente assinalado... Agora que a coisa seja verdade, é... Só deveríamos fazer funções conforme elas nos dessem um grau de divertimento elevado ou pelo menos um grau de preocupação e chatices bem diminuto. Pergunto-me é porque é que a maioria não corresponde a estes tipos: acho que é pela mania do povo Português de ser complicado e remediado.