29 setembro 2010

mais frangos

Esbarro com todo o tipo de pessoas.
A algumas, por nelas acreditar, talvez por demasiado crédulo, dou aquilo entendo que devo dar, que é, dentro das minhas evidentes limitações, geralmente muito: importância, atenção, dedicação - e informação. Para o bem e para o mal.
Infelizmente, é apenas depois do dia em que não posso mais dar e em deixo de dar - porque deixou de existir motivo e motivação para tal - que verdadeiramente se revela quem recebeu: pela pouca memória que demonstra sobre o que efectivamente recebeu e pela demasiada sobre aquilo que lhe foi confiado, usando-o. Para o mal.
Esse mal, para o qual talvez consiga entender a necessidade, mas para o qual honestamente falho em vislumbrar utilidade, é tentado de todas as formas e por todos os meios, dos mais simples e tentativamente anónimos aos mais sofisticados, dependendo naturalmente da simplicidade ou da sofisticação de quem entende que esse mal lhe faz algum bem - aqui, embora possa conseguir criar um ranking de sofisticação, não consigo deixar de os colocar a todos no quadro de honra da estupidez.
Esse mal tentado, é por vezes sucedido. Não com a dor, vergonha, embaraço, nem qualquer outra das que julgo serem as intenções, antes com a interrogação sobre a reserva a que nos deveremos remeter em futuras ocasiões.
Que aquilo que não nos mata torna-nos mais duros.

1 comentário:

Paulo de Almeida disse...

Que bom saber de si outra vez, já andava apreensivo.

De facto, a estupidez é muito mais fascinante que a inteligência, dado que esta tem limites.
Como Einstein, "só existem duas coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana, embora da primeira eu não tenha certeza!"

Abraço,
P.A