11 agosto 2010

awakenings

Daquela última vez que nos vimos, sorriu quando olhou para mim. Lembra-se?
Gostei de lhe ver aquele sorriso, foi importante, significou imenso. Sei que a minha visita durou talvez uns cinco segundos, já que logo de seguida fui substituído por aquela irreal (para nós) realidade obscura a que se dedica na maior parte do dia - sabe, nós ficamos um bocado chateados por desaparecer assim, sem mais, deixando-nos aqui, deste lado, sem saber o que lhe dizer, o que fazer, sem saber o que lhe faz falta... sem que lhe consigamos dizer que nos faz falta.
Porque faz: basta olhar à nossa volta. Porque não foi sequer preciso que o pilar desaparecesse, bastou ter começado a fraquejar e logo alguém decidiu arrumá-lo, escondê-lo, esquecê-lo.
Sabe? Não sabe, pois não?
E ainda bem que nem sabe - eu também preferiria não saber.

2 comentários:

Stiletto disse...

Um grande beijo. Sei bem o que é falar sem ser ouvido. Conhecido, sequer... Um grande beijo.

Marisa disse...

embora eu não tenha a certeza se percebi o texto todo, sei que o senti. A leitura do seu texto proporcionou-me algumas recordações :´)
gostei.

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