11 julho 2010

respirar

Agora, daqui e ao longe, sei melhor de coisas que, antes e de perto, não consegui ver tão bem.
Sei que foi; que teve um início, um meio e um fim; sei que não me arrependo do início e que o fim foi demasiado longo - já quase nem me lembro do meio, de tão longo e pesado que foi o fim. E, por uma vez e ao contrário do habitual, não há culpa deste lado, este lado desta vez fez tudo bem, by the book, sem erros, sem atropelos, sem confusões; deste lado desta vez não se começou nada sem ter acabado tudo, não se ameaçou nada antes de terminar de vez.
Agora, não por ser daqui, mas porque até mesmo aqui me fizeram ver, sei onde está a culpa: onde começou, até onde foi e onde ficou.
Não que isso me traga satisfação alguma ou que me sirva de alguma coisa - a não ser saber que sei olhar com mais pragmatismo para o mundo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro o jeito como você escreve. Mw lembra dos meus antigos cadernos, onde escrevia deixando a mente fluir como se ali fosse o meu divã. Começei a ler e não parei mais. Portanto me tornei sua seguidora. Também tenho um blog um espacinho repleto de contos, poesias, constelações e laços azuis.
E se de alguma forma minhas palavras conseguirem te tocar, lá onde onde moram os céus que o corpo não alcança, ficarei horanda de tê-lo como meu seguidor.
Um grande abraço,
Bruna.