19 fevereiro 2010

it´s amazing how much you can see in the dark‏

Sem que sejam meras coincidências, as que digo e as que faço nem sempre são coincidentes.
Por mais que eu aconselhe que não deixem que as de um qualquer asinino lhes chegue, dei por mim a trocar algum do meu escasso e precioso tempo de descanso pela análise de um conjunto de frases ouvidas de bocas terceiras – ou quartas. Mesmo retirando-lhes os pontos que lhes foram acrescentados, reconheço que o intuito do autor das palavras foi cumprido, pois chegaram efectiva e finalmente ao destino e tiveram pelo menos algum do efeito desejado. Digo algum, pois não tão velho quanto isso mas ainda assim muar por escolha, já não são só duas as cantigas que me embalam: antes pelo contrário, despertam-me para uma inútil meditação, que resulta numa quase útil tomada de consciência de determinados porquês – sobre o que serve, sobre quem se serve e sobre quem quer servir.
A verdade? Sei que não existe e sei que nunca a saberei, por mais que ma contem. Por tudo isto, sem qualquer desprezo, ou menosprezo sequer, prefiro seguir o meu próprio conselho e manter-me no escuro – até porque essa tonalidade é sempre bem mais honesta que as promessas cor-de-rosa vindas lá de fora.

2 comentários:

Anónimo disse...

A Verdade, essa, é como o azeite e a água.sabe-se sempre. Pode demorar.... Não me parece que no escuro se seja mais honesto, mas, cada um tem a sua forma de fugir... é humano. Bjs
( cor de rosa pirosa)

Anónimo disse...

É curiosa a teoria que defendes sobre a verdade. Se calhar não existe mesmo. Possivelmente existe(m) apenas a(s) verdade(s) de cada um. Nuns casos, por mais que nos contem, ficamos com a nossa verdade porque é com essa que queremos ficar. Noutros, porque não nos contam (nem sempre vale a pena), ficamos com a nossa verdade, porque é a que nos resta, mesmo que não seja com essa que queremos ficar.

i.m.