03 janeiro 2008

números

Eu tenho uma questão com números. Particularmente com o número dois, quer isoladamente, quer em modo repetido - o vinte e dois, sobre o qual já incomodei os meus sete leitores (mais um número que tem vindo lentamente a crescer).
Nesta altura do ano, fazem-se contas, balanços, promessas (eu fiz uma, que vence hoje o prazo), também estas relacionadas com números, com este contador de tempo gregoriano que adoptámos há mais de setecentos anos. De facto, todos nós temos um conta-quilómetros que nos vai adicionando uma unidade a cada ano, deslocando-nos para a direita na recta real (ok, segmento de recta), que na realidade nos leva a um destino mais que certo.
Esta realidade biológica tem sido alvo de algum escárnio, frequentemente percepcionado pelos tais sete como mal-estar, interpretação essa que tem sido errada, uma vez que se trata de um efectivo de desprezo pelos contadores.
Tratava-se. Pela primeira vez surgiu um temor pelas consequências que tais registos possam vir a ter na percepção alheia - porque, make no mistake, por mais que não queiramos, os tais segmentos de recta existem e todos eles estão mais ou menos desfasados relativamente uns aos outros e quando comparados à recta gregoriana que nos serve de indicador global. Mais que menos? O referencial está certo?
"Para mim, não faz diferença", digo eu; mas se afinal o temor existe, alguma deve fazer.

3 comentários:

MiSs Detective disse...

que isto está para aqui uma confusão, mas tambem nunca fui muito boa em contas matemáticas. já nas da vida tenho-me safado. é fatídico!

wednesday disse...

O referencial depende sempre do observador... Podes fazer o teu próprio referencial;)

Anónimo disse...

Eu não digo que cada vez percebo menos... Olhe, lembra-se daquele filme? O «23»? ...Ainda há-de acabar assim!