30 janeiro 2008

maybe just whistle


So do my lips.

william said:

There is nothing either good or bad,
but thinking makes it so.


Shakespeare
Hamlet

So William said; now you listen.

traços VIII


28 janeiro 2008

And then there were three.
And maybe more to come.

23 janeiro 2008

is this to be?



Must this mortal coil be shuffled before respect is earned?
To die, to sleep...








Para ti, que sabes falar estrangeiro

22 janeiro 2008

sozinho em casa

Everything That Makes Her Dangerous Made Him Love Her More





The End

17 janeiro 2008

eu sei...

... Du hast mir keinen Rosengarten versprochen, é verdade.

Mas era "para a semana" e o tempo parece passar muito mais depressa para mim que para ti, eu que olho para o ponteiro dos segundos e tu que te reges pelo calendário.
Será? Ou será que eu ligo mais a estas coisas que tu, que são diferentes as coisas em que pensamos? As coisas que pensamos importantes, urgentes, determinantes?
Não, não é caso de vida ou morte, fear not, que por aqueles dias, há uns meses, eu já cá estava, sem ti, sem sequer saber de ti e da tua vida, e a minha vida já era e acontecia, todos os dias; não, não tem sequer importância que a importância que damos às coisas não seja a mesma, é natural, eu vi olhando daqui, com estes olhos, tu olhaste daí, com esses teus, esses bem mais bonitos que os meus, é verdade, mas mesmo sendo mais bonitos - ou talvez até por serem mais bonitos, não sei - não viram as mesmas coisas com a mesma beleza com que eu as vi.

Mas era "para a semana" e a semana passou e eu, aqui, a olhar para o ponteiro dos segundos (sabes quantos segundos tem uma semana, imaginas, sequer?), eu aqui, a vê-los passar, um a um, esperei por um sinal, esperei por uma mensagem e...
Não, não é caso de vida ou morte, ninguém morre (ainda aqui estou, não estou?), mas alguém não vive como gostaria de viver, alguém tem alguma coisa a menos - uma daquelas coisas a que dou a importância que não faço ideia se tu dás, uma daquelas que me pareceu ser importante também para ti, que me pareceste parecida nalgumas coisas com aquilo que eu sei ser importante para a vida.
Para a minha. Que da tua não sei nada.

Pode ser... para a semana?

defuntos

ou protesto
Quando ocorre um falecimento, fazemos o funeral, seguido do luto; depois, com maior ou menor velocidade, vamos esquecendo o falecido(a), recordando de apenas de tempos a tempos aqueles aspectos mais marcantes de quem foi para nós essa pessoa.
Que fazer quando essa pessoa insiste em não desaparecer do nosso caminho, atormentando-nos frequentemente com presenças indesejadas? Como reagir quando essa ex-pessoa insiste em não nos sair da memória, avivando-nos as recordações de uma existência que deveriam estar agora num processo de adormecimento contínuo?
Seria bom conseguir manter apenas a memória dos bons momentos, poder recordar com um sorriso todos os minutos agradáveis, esquecendo os tempos menos bons e irradicando completamente do arquivo todos os episódios lamentáveis que tiveram que acontecer.

"Mais cedo do que tarde, vais deixar de ser o fantasma que teimas em ser".

10 janeiro 2008

limpeza de balneário

A mais recente operação de limpeza de balneário traduziu-se na inesperada rescisão unilateral do clube com Mauril Suarshi.
Médio defensivo, notável recuperador de bolas, lesionou-se com gravidade ao longo das repetidas épocas em que foi sistematicamente convocado para a equipa principal. Não obstante as lesões, deu sempre o seu melhor à equipa, sendo sucessivamente utilizado em diferentes posições do plantel. Sai ainda lesionado e eventualmente perdido para a prática do desporto.

Esta operação, cujo desfecho é naturalmente ainda desconhecido, teve início durante a época passada, onde se verificaram dispensas amigáveis com outros elementos do plantel.

Ronaldo. Dispensado em plena época. Sem relação alguma com o famoso Madeirense ao serviço do M. United, assemelha-se mais ao homónimo Brasileiro na constituição física - na época em que este estava mais pesado. Médio ofensivo sem grandes dotes, evitava a finta e o jogo faltoso, notabilizando-se mais pelos certeiros disparos efectuados. Reconhecido pelos colegas pela simplicidade com que entrava em campo, contribuía decisivamente para o bom ambiente no balneário.
Manolo Tello. Defesa central de porte atlético, cujo modo implacável de abordar o jogo lhe valeu o cognome de "Peito de Ferro", foi dos que mais se destacou durante épocas consecutivas na defesa da camisola que envergava. Oriundo das camadas jovens do clube, integrou diferentes constituições da equipa, reunindo sempre a confiança tanto dos diversos treinadores que orientaram a equipa, como da Direcção da SAD. Mais uma dispensa que não deixa de surpreender.
Casinuovo. Integrou o plantel na qualidade de jovem esperança, ocupando desde logo lugares de destaque. As posições ocupadas, alegadamente de modo prematuro, aliadas à forma algo irreverente e até arrogante como jogava, valeram-lhe algumas inimizades - e alguns cartões amarelos - ao longo dos anos que fez parte da equipa.

Mas nem tudo são más notícias.
Soubemos de fonte segura que outros elementos da equipa viram o seu lugar assegurado.
Manolo Pepe. Discreto treinador veterano, com vasta experiência no enquadramento de equipas austrais, é conhecido pela forma silenciosa como desempenha as suas tarefas. Seguramente uma mais valia numa SAD que prima pelo low profile: mais low não há.
Valiant Cross. Porte Britânico, bigode loiro quase até à raiz. Claramente a arma secreta da equipa - tão secreta que nem ele sabe exactamente o seu papel no terreno de jogo.
Sosel. Capitão de Equipa. Oriundo da equipa júnior, passou directamente a capitão de equipa sem ter que prestar provas enquanto jogador, e tem vindo a capitanear diversas formações ao longo das épocas. Acreditamos que é o melhor jogador sem bola de todo o plantel - nem que seja por nunca o termos visto jogar com bola.
Bettastoni. Alegadamente extremo. Contratado com o intuito de construir jogo, acabou conhecido como o jogador fantasma, dadas a prolongadas ausências - dizem-nos fontes internas que o seu cacifo no balneário passa semanas a fio sem ser aberto. Um outsider dentro do espírito da equipa.
Ali Verha. Supostamente distribuidor de jogo. Famoso pela finta, fingidor nato, enganou frequentemente as diferentes arbitragens, conseguindo sair de campo sem nunca sujar os calções. Tem passado largas temporadas no banco, posição onde se sente mais confortável e de onde grita frequente e insistentemente para dentro do relvado.
Dhiaszcolksi. Massagista. Tal é a dedicação que tem à profissão que diz não conseguir conter-se, metendo a mão em tudo o que mexe. Bom olheiro, com uma invejável capacidade de avaliação de CUs... perdão, CVs, necessitando apenas de circular nos corredores do estádio para conseguir exercer esta missão ao mais alto nível.

Pensamos que o futuro está assegurado.





fonte anónima devidamente identificada

08 janeiro 2008

e...

Para a semana...?

traços VII

03 janeiro 2008

números

Eu tenho uma questão com números. Particularmente com o número dois, quer isoladamente, quer em modo repetido - o vinte e dois, sobre o qual já incomodei os meus sete leitores (mais um número que tem vindo lentamente a crescer).
Nesta altura do ano, fazem-se contas, balanços, promessas (eu fiz uma, que vence hoje o prazo), também estas relacionadas com números, com este contador de tempo gregoriano que adoptámos há mais de setecentos anos. De facto, todos nós temos um conta-quilómetros que nos vai adicionando uma unidade a cada ano, deslocando-nos para a direita na recta real (ok, segmento de recta), que na realidade nos leva a um destino mais que certo.
Esta realidade biológica tem sido alvo de algum escárnio, frequentemente percepcionado pelos tais sete como mal-estar, interpretação essa que tem sido errada, uma vez que se trata de um efectivo de desprezo pelos contadores.
Tratava-se. Pela primeira vez surgiu um temor pelas consequências que tais registos possam vir a ter na percepção alheia - porque, make no mistake, por mais que não queiramos, os tais segmentos de recta existem e todos eles estão mais ou menos desfasados relativamente uns aos outros e quando comparados à recta gregoriana que nos serve de indicador global. Mais que menos? O referencial está certo?
"Para mim, não faz diferença", digo eu; mas se afinal o temor existe, alguma deve fazer.

a medo

Falo, escrevo, tento.
Sem saber como sou ouvido, lido, como são interpretadas as tentativas - se percebidas, sequer. Não, não quero sentir a parte mais meridional da tua anatomia a atingir-me a cabeça, esta que funciona em regime acelerado e ansioso, prefiro a desfrutar da outra, mais a norte, aquela que me interessa e atrai, a que conta, que no meio de pernas e braços e caras é sempre a cabeça que nos comanda. Ou não. E deixa descomandados e desorientados.
Sim, é urgente.

what you do to me

Listen to my voice, it's my disguise.