03 maio 2012

colourblind


Faz-se negro o tempo aqui pelo verde, que demora sem passar.
Faz-se negro lá para a frente, nas nuvens que o vento vai trazendo devagar, não deixando ver se é tempestade, se bonança sem cor.
Faz-se negro, sem se saber o que se faz, como se faz, se é para fazer, deixar de fazer.
Faz-se negro, até que um azul salvador chegue ao verde e torne claro qual o tom que resta, de que tom este verde vai ficar tingido, se irei alguma vez ver o Negro que ainda não vi, num azul definitivo.
Se alguma vez alguma cor.