30 maio 2010

skimming

Parece que é aos domingos.

26 maio 2010

oye como foi


Com uma varinha de condão fabricada pela Gibson, este jovem mago de quase sessenta e três anos encantou a maior multidão que alguma vez vi ali dentro.
Se a ausência do Dave Matthews foi bem disfarçada pela banda, já a voz que substituiu a do Rob Thomas não conseguiu ser tão smooth quanto a original. Mas isto foi apenas um detalhe que em nada prejudicou as duas horas e meia de som intenso (desta vez com melhor qualidade que o habitual), sem quaisquer quebras de ritmo num excelente alinhamento. A espaços, acho que detectei alterações ao programa, com fases de improvisação não planeadas, que seguramente só contribuíram para um resultado ainda mais conseguido. Destaque para um outro mago, Dennis Chambers, que com duas varinhas mágicas Zildjian e um bombo a passo de metralhadora deixou milhares de boca aberta.
Atlântico com ondas de 10 metros!

25 maio 2010

descompressão

Estando outra vez em regime de countdown para largar o actual trabalho e para iniciar um novo percurso, tenho tempo para colocar em dia a leitura de blogs alheios, que eu não frequentava há algum tempo. Tempo ainda para conhecer alguns novos, cuja leitura me suscita reacções maioritariamente como esta; mas também muitos espaços (menos) em que dou por mim a ler interessantes conteúdos, mesmo alguns mais antigos.
Como não referi endereços no primeiro caso, não os vou mencionar agora. E nada de razões politicamente mais correctas - apenas não quero que me abandonem ao encontrar local mais legível!

19 maio 2010

E que tal ir viver para o topo do mundo?



18 maio 2010

tablog

Disse há uma imensidão de tempo que gostaria de ter um blog que fosse lido e apreciado por mais que aqueles poucos que vão tendo paciência para me ler.
Hoje, como em alguns outros dias, fui espreitar alguns outros escritos, de outros estilos e com outras intenções. Meramente por acaso, olhei para o contador de visitas de um daqueles pelos quais tendo a passar rapidamente, sem olhar, dada a falta de interesse (para mim, claro) do conteúdo - em rigor, dada a falta de conteúdo; e essa curiosidade desvendou um número inesperadamente alto. Escandalosamente alto, diria até.
Hoje, sem prejuízo à apreciação que fiz e continuo a fazer sobre a qualidade do que alguns bloggers escrevem nem à popularidade que tal qualidade granjeia aos respectivos espaços, tomo consciência que a qualidade do que se escreve, tema e forma, não é condição necessária nem suficiente para a garantia dessa popularidade. Bem pelo contrário.
Pensando alguns segundos no assunto, concluo que o meu espanto não tem qualquer justificação, já que na blogosfera navegam todos aqueles que vêem TVIs e lêem Correios da Manhã e afins, e estes e os respectivos conteúdos, extrapolando tiragens e share, são representativos da maioria da população leitora (relativamente a esta, poderia tê-la designado por "população de leitores", mas julgo mesmo tratar-se mais de uma constituída maioritariamente por "escritoras" - quem tenha acesso a estatísticas nesta matéria que me corrija ou confirme: talvez possa estar nesta pequena diferença o segredo da coisa).
Baseado mais na sensibilidade que no racional que os dados poderiam permitir, baseado na quantidade de fotografias de sapatos e vestidos que vejo, no compartilhar de pretensas viagens fantásticas, fico com a ideia de que, aqui, popular continua a querer dizer popular, foleiro continua a significar foleiro e fútil e inútil mantêm igualmente o sentido. E que as revistas maria, mulher moderna, e as demais, tal como muitos tablóides, existem numa suposta versão digital caseira, e que vendem. Muito.
O que eu disse há essa imensidão de tempo? Não façam caso: prefiro escrever para poucos e interessantes. Ou mesmo só para mim.

17 maio 2010

santana


Já a pensar na próxima semana, dei por mim a procurar uma imagem. Encontrei esta, da qual nem me recordava.

E nem poderia vir mais a propósito!

14 maio 2010

please remain seated

11 maio 2010

next year?

05 maio 2010

ocasião

Vendo: VW Golf Variant, 2002, A/C, alarme e tal; menos quilómetros que os anos fariam antever;
Vendo: KTM 950 SM, 2006, ventilação automática; roubada só uma vez;
Ofereço: posto de trabalho; ordenado algo acima do mínimo; muita chatice e horário longo;
Pago: a quem fique com ex-mulher e processos judiciais anexos; custo de manutenção elevado.

Favor contactar a partir das 20h.

04 maio 2010

skimming

Domingo liguei.
Era uma obrigação que tinha para cumprir e, afinal, também me compete contribuir para o apaziguamento e tentar a reaproximação.
E liguei. E atendeu-me um gravador, ao qual confiei aliviado a minha mensagem.
Passaram talvez duas horas e a chamada foi devolvida, o cordial agradecimento pela intenção, a intenção cordial de prosseguir com a reaproximação, a sugestão de um novo encontro a matar as… saudades que o tempo cravou nas respectivas almas. Supostamente.
E pronto, obrigação cumprida, sugestão aceite, tinha sido um bom passo no sentido da tal reaproximação que também a mim competia – nem sei bem porquê, afinal não fui eu quem promoveu inicialmente o afastamento, limitei-me a reagir pacifica e quase passivamente. Mas o caminho estava traçado e agora poderíamos avançar, com cuidado, é certo, mas estava aberto o caminho. Supostamente.
Durou menos de 24 horas.
Demorei menos que um dia a descobrir que, nas minhas costas, tudo tinha continuado na mesma, no mesmo tom de desrespeito, na mesma senda de desafio; demorei apenas horas a saber que o desafio e a tentativa de usurpação continuam, com os aliados de ocasião e de conveniência que se lhe juntaram. Supostamente.
Sem surpresas: eu já tinha podido ver as costas de outros.
Afinal, a surpresa tinha sido mesmo domingueira, com as sugestões e as demonstrações de intenção a servirem de cortina de fumo, respostas que seguramente se procuram para poderem ser acumuladas para memória futura, em jeito de construção de capital de queixa. Afinal, normal era mesmo o que nem sequer volvidas vinte horas viria a descobrir – ou melhor, a poder confirmar: o estilo dissimulado, a necessidade de demonstração de poder, vinda de quem nem sequer a capacidade moral detém, quanto mais a formal.
E agora? Agora, nada de novo - ou antes, talvez algo de novo, já que procuram conquistar Roma: fingir fazer como os romanos.
E ficar com certeza que só se estragou uma família.