27 agosto 2010

it's gonna be a long, long time

Burning out his fuse up here alone... and all this science I don't understand...

24 agosto 2010

something smaller from a bigger plane

It started out as a window to shout through, ended up using windows just to keep in touch.
It surely got out of hand and out of my hands and it now seems that something or someone has taken over and taken care of events.
Frames? Frames aren’t what they used to be and it surely does not fit in any of the frames known to most, anyhow.
Frames? It’s much more like planes and trains.
And automobiles. And words with 4e.

...

Sim, faz falta, agora ainda mais: fundamental, como a luz, com ou sem a cidade.
E o que provavelmente me estava na cabeça veio cá para fora, soltou-se, era altura certa, true colours, serviu do que serviu porque os receios do receio e da ausência perduram, mesmo quando é só meu.
E o azul do Negro cada vez mais perto.

19 agosto 2010

...

Faz quase tanta falta quanto a luz, tenho que estar perto dela. Ou provavelmente não faz falta alguma, é apenas algo que me está na cabeça, talvez pela magia dos tons que me encantam, ou pelo encantamento das ondas que me embalam e pela carícia das brisas que me sussurram.
As dúvidas persistem e a falta de certeza incomoda e assusta, não por não lhe saber reconhecer beleza na cor nem por não lhe apreciar a ternura do embalo, antes pelo receio da ausência e da carência. E principalmente porque tem que ser tudo só e sempre meu, sou egoísta também aqui.
O Atlântico é azul, o Pacífico também; o Índico parece verde e o Mediterrâneo púrpura.
Ao Negro estou quase para lhe ver a cor, embora aposte não que será outra que não o azul.

11 agosto 2010

awakenings

Daquela última vez que nos vimos, sorriu quando olhou para mim. Lembra-se?
Gostei de lhe ver aquele sorriso, foi importante, significou imenso. Sei que a minha visita durou talvez uns cinco segundos, já que logo de seguida fui substituído por aquela irreal (para nós) realidade obscura a que se dedica na maior parte do dia - sabe, nós ficamos um bocado chateados por desaparecer assim, sem mais, deixando-nos aqui, deste lado, sem saber o que lhe dizer, o que fazer, sem saber o que lhe faz falta... sem que lhe consigamos dizer que nos faz falta.
Porque faz: basta olhar à nossa volta. Porque não foi sequer preciso que o pilar desaparecesse, bastou ter começado a fraquejar e logo alguém decidiu arrumá-lo, escondê-lo, esquecê-lo.
Sabe? Não sabe, pois não?
E ainda bem que nem sabe - eu também preferiria não saber.

09 agosto 2010

We'll always have Paris...

07 agosto 2010

Something small from the plane

Remember it was just a window to shout through… Me shouting through it – that was the diagnose. First I only glanced through, then reached out my hands and before I realised, I jumped out of the window and I ran outside. Suddenly I saw your door was open, asking me in. But I was running and running free and I already knew that we don’t need any frames to go through to be happy and to love each other.



As if it heard my thoughts, the window spread its wings and flew away…






28th July 2010

06 agosto 2010

fabuloso

ou No tempo em que os animais falavam. Mal.

Um belo dia de um tórrido Verão, a Mula encontra a Ratazana Careca.
Fazia tempo que não se viam, decidiram matar saudades dentro de um copo - ou vários, que a Mula sempre gostou muito de beber muito, olhos vermelhos e dentição como prova.
A Ratazana, mais venenosa que astuta, logo viu uma ocasião para pegar numa deixa e contar histórias de um passado distante; pequenina e careca, cobarde e complexada, aproveita a ébria audiência para ir acrescentando pontos aos contos que julga ter para contar, servindo-se da Mula como muleta para conseguir enfunar-se naquela fantasia. Mas era evidente que a Ratazana, careca, tinha sido fortemente afectada pelos factos daquele passado com mais de uma década, qual Raposa sem uvas.
A Mula, ligeiramente mais estúpida que desonesta, viu na Ratazana, a careca, e nas fantasias desta uma muleta de sustento a acções passadas e insustentáveis; arrogante e desbocada e que escolheu claramente o papel de bêbado conhecido em detrimento de uma mais discreta figura de alcoólico anónimo, botou a boca no trombone e a letra no jornal de parede, tentando vingar-se de um acto justo e justificado de um outro animal em defesa de um terceiro, atirando pedras aos dois.

As pedras? Passaram ao lado, chamaram a atenção apenas pelo ruído causado no charco onde tombaram. Os alvos? Ficaram incólumes, é arquivo morto: a momentânea Toupeira deixou de o ser, abriu finalmente os olhos, fugiu da Cobra que a hipnotizava e voltou a ser quem nunca devia ter deixado de ser.
A Mula? Contente naquele minuto, provavelmente esqueceu no minuto seguinte, ajudada pelo escocês novo.
A Ratazana? A careca? Essa voltou para casa, onde continua a viver da esmola que por lá recolhe. E vai continuando a imaginar qual poderia ter sido o sabor das uvas...

05 agosto 2010

something rare

Smart, educated, sensitive, easy going, intelligent, good judgment... something of a bad temper - just make sure not to push it too much and... awfully good looking, too!